domingo, 26 de julho de 2015

Um Viva aos Avós


Hoje é dia dos avós. Parabéns, vovôs e vovós!  

Ainda não tenho o privilégio de ter netos, mas me lembro com muito carinho de minha avó materna que, dos meus avós, foi com quem mais convivi. Eu era a neta caçula até a adolescência. Vovó Guilha era minha vizinha e eu ia diversas vezes ao dia em sua casa, pois lá eu tinha seu afeto irrestrito, guloseimas, um gato amarelo rajado e até teve uma época que havia uma ninhada de cachorrinhos!

Vovó Guilha era professora aposentada e leitora assídua do "Estadão". Lia em voz alta, "para mim". Gostava, principalmente, dos editoriais e dos colunistas. Depois, fechava o jornal e comentava mais os textos do que os fatos e me mostrava as fotos. Aos 14 anos, me deu a minha primeira máquina fotográfica: uma Kodak Rio 400. Aos 17 anos, me disse para fazer datilografia e enfatizou que era importante aprender a escrever. Acho que obedeci... Acredito que foi vovó Guilha quem mais me influenciou na minha escolha profissional: o jornalismo.

Meus pais diziam que, como avós, não tinham o comprometimento de educar os netos, portanto, não os castigavam. Sempre flexíveis e dispostos a "esquecer" as peraltices, eles tiveram grande importância na educação de minha filha. Certamente, ocorreu o mesmo com meus sobrinhos e sobrinhos-netos.

Ao ensinar aos netos, os avós são complacentes, pois têm experiência. Aprenderam com os filhos - agora adultos - que existem situações na vida muito mais complexas e de difícil solução do que a maioria das travessuras infantis e de adolescentes. 

Esse entrosamento familiar entre gerações é essencial à vida. É um privilégio contar com a experiência sábia dos mais velhos, transmitida com carinho, afeto e amor irrestritos. (ilustração: reprodução "Ciranda Cultural")

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