sexta-feira, 3 de julho de 2015

Sempre Aprendendo


Lendo o livro "Reprodução", de Bernardo Carvalho (Cia das Letras/2013), me deparei com a palavra "brifada". A frase era: "Você nunca foi brifada?" Pensei: Nunca ouvi esse termo. Ainda bem que temos o Google para nos esclarecer quase tudo (certo ou errado. Sempre confira!). Brifada é a apresentação de um "briefing". Ah! Isso eu entendo, trabalhei com publicidade. "Briefing" são instruções sobre um trabalho - na publicidade, solicitações e expectativas do cliente. Daí vem "brifado", mais um termo do inglês que é aportuguesado e se incorpora a nossa língua.

Estranhar o vocabulário atual é uma das maneiras de se descobrir desatualizado. Epa! Envelhecer é um processo próprio da vida (é direito e dever) e se manter atualizado é saber viver bem. Incluindo as gírias, as palavras têm moda e, muitas vezes, os termos antigos ressurgem com outro significado. Daí, "qualquer pouco som, pode dar tudo errado". Imagina se você conta um fato que viveu ao seu neto e ele lhe diz: "Abafa, vô". Nos anos de 1970, abafar significava chamar a atenção (exemplo: ela abafou com a calça boca de sino - agora, se chama calça "flare"). Hoje, abafar significa apagar. Então, é melhor você se "esquecer" daquilo que contou ao seu neto.

Têm gírias que continuam. Os jovens sabem que "prá chuchu" e "à beça" significam "bastante". Outras, ainda não ressuscitaram. Será que a geração de hoje entenderia (sem consultar o Google) expressões como: bidu, grilado, maior barato? Você entendeu tudo? Então, foi "pra frentex". Continue assim, se atualize. Escreva aqui gírias ditas pelos seus filhos e netos. Para começar, digo duas ("brifada" vale? - rsrsrs): trolar (sacanear - em inglês, "to troll") e paca (muito). Participe!

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